O agrupamento Trindadense surgiu na cidade de Trindade e rapidamente ganhou fama, conquistando um numeroso público por causa das suas brilhantes composições, interpretadas por excelentes tocadores de cordas.

Um grupo de mulheres, vestidas da mesma forma, acompanhava a maioria das atuações deste agrupamento. Estas admiráveis bailarinas, chamadas memblas, davam um carácter especial aos espetáculos proporcionados pelo Trindadense (Santo, 1998: 221-222).

O agrupamento era constituído por um violino (senhor Barreto), quatro violas (Broca Jóia, Figueira, Tibério e Conde Guia), um cavaquinho (Aurélio) e um tambor (Amâncio). Tinha um cantor, que também tocava chocalho (Pascoal) (Santo, 1998: 221). Nas gravações que consegui juntar (vários ficheiros, bastante desorganizados e de diferente qualidade) ouve-se, ainda, canzás e triangulo ou algum outro tipo de idiofone de metal.

A Voz de S. Tomé menciona a sua atuação no fundão Central na Trindade [1].

Na RNSTP há três bobines com registos deste agrupamento (ST88, AM 116 e AM154 com a cópia ST3).

 
[1] A Voz de S. Tomé, 12.11.63, Ano XXIV, N 1030, p.5.

[Extrato do livro Dêxa puíta sócó(m)pé. Música em São Tomé e Príncipe: do colonialismo à independência de Magdalena Bialoborska Chambel]

Fontes

A Voz de São Tomé

Arquivo da Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe

Bobines

ST88

AM 116

AM154 com a cópia na ST3

Bibliografia

Amado, Lúcio Neto (2010), Manifestações culturais são-tomenses. Apontamentos, comentários, reflexões, São Tomé, UNEAS.

Chambel, Magdalena Bialoborska (2022), Dêxa puíta sócó(m)pé. Música em São Tomé e Príncipe: do colonialismo à independência, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa.

Santo, Carlos Espírito (1998), A Coroa do Mar, Lisboa, Caminho.

Localização

Metadados

Magdalena Bialoborska Chambel, “Agrupamento Trindadense,” Mapa Cultural de São Tomé e Príncipe, acedido 27 de Julho de 2024, https://culturastp.com/items/show/28.